terça-feira, 30 de maio de 2006


Suzane Von Richthofen deixa cadeia e fica em prisão domiciliar


Suzane von Richthofen, de 22 anos, deixou hoje 29 de maio de 2006 o Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior de São Paulo, por volta das 17h40.

A ex-estudante de Direito foi beneficiada por habeas-corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última sexta-feira, que lhe garantiu o direito de aguardar seu julgamento, marcado para a próxima segunda, em prisão domiciliar.

Suzane, ré confessa do assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, ficará na casa de seu tutor, o advogado Denivaldo Barni, na zona sul da capital.
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Essa garota tinha mesmo que nascer no Brasil?
Tinha.
Pra ser mais um tapa na nossa cara: brasileiros.
Brasileiros verdes e amarelos, que esperam ansiosos a Copa do mundo para que em alguns dias, esqueçamos um pouco dos tiros a queima roupa (ê São Paulo, ê São Paulo, São Paulo terra boa), das famílias desesperadas, a espera do tempo, somente dele, para minimizar a dor. É isso.
Onde será que Suzane vai assistir aos jogos?
Sinceramente?
Eu, como Presidente da República (ainda confio nele, sim!) decretaria que esse monstro em corpo de assassina, não poderia assistir a nenhum jogo da seleção.
Ela nos envergonha, pois está sendo a cara do Brasil.
Não, não sou pessimista.
Mas, o nosso futebol, ultimamente tem sido nosso único orgulho lá fora.
Suzane?
Você não tinha esse direito.

Obs: O filho de Renato Russo em entrevista a "Isto É, Gente" afirmou que, se seu pai estivesse vivo estaria na terceira composição da música "Que país é esse?". Por que será?

Verena Ribeiro

segunda-feira, 22 de maio de 2006


Fogo

Você é tão acostumada
A sempre ter razão
Você é tão articulada
Quando fala não pede atenção
O poder de te dominar é tentador
Eu já não sinto nada
Sou todo torpor
É tão certo quanto o calor do fogo
É tão certo quanto o calor do fogo
Eu já não tenho escolha
Participo do seu jogo
Eu participo
Não consigo dizer se é bom ou mau
Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá
O que quer que eu faça
Sem você, não tem graça
Você sempre surpreende
E eu tento entender
Você nunca se arrepende
Você gosta e sente até prazer
Mas se você me perguntar
Eu digo sim
Eu continuo
Porque a chuva não cai
Só sobre mim
Vejo os outros
Todos estão tentando
E é tão certo quanto o calor do fogo
Eu já não tenho escolha
Participo do seu jogo
Eu participo
Não consigo dizer se é bom ou mau
Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá
O que quer que eu faça
Sem você, não tem graça
É tão certo quanto o calor do fogo
É tão certo quanto o calor do fogo
Eu já não tenho escolha
Participo do seu jogo
Eu participo do seu jogo

Capital Inicial

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Preciso parar de postar aqui as letras que amo...

segunda-feira, 15 de maio de 2006


Prazer em conhecê-la Adélia. Muito prazer.
Escrever é arte da alma. Não existe melhor espelho para a alegria, a dor, o amor...
As palavras vão surgindo, sem pedir licença, não pedem para serem entendidas, ou colocadas no mais culto padrão. Elas são belas, essas são de Adélia.

Casamento

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

Texto extraído do livro "Adélia Prado - Poesia Reunida", Ed. Siciliano - São Paulo, 1991, pág. 252.

segunda-feira, 8 de maio de 2006

Para minha amiga Ana Flor

Desde muito pequena leio uma frase numa parede localizada na frente da janela do meu quarto:

“É incrível a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer”

Ela foi pichada há muitos anos, verões e invernos leram e até estragaram a tinta, mas ela continua lá intacta e cruel.
Minhas amigas detestam essa constatação, pois todas ao irem lá, fumar, pensar, qualquer que seja a intenção, dizem;
“Ah! Essa frase ridícula não apaga nunca não?”
É porque ela mexe, e como mexe.
Mexe com soluções precipitadas, com palavras não ditas, ou ditas numa intensidade não querida. Mexe com beijos dados e roubados.
Mexe com a sensação de “nada” no amanhecer do dia.
Mexe com o dinheiro mal investido, com a pílula não tomada e o exercício não feito.
Mexe com a dor da ida sem a certeza da volta.
Mexe com incertezas que, por um milésimo de segundo foram certas e nesse milésimo de segundo tomamos uma decisão que transforma a nossa vida por completo.
Mexe.
Porque essa força é aquela força que vem lá de num sei onde, e deixa os queixos no chão, passado apenas um segundo.


Verena Ribeiro

segunda-feira, 1 de maio de 2006


Lenine - Do It (by Lenine E Ivan Santos)




Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se sujou, cai fora
Se da pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Se tá puto, quebre
Tá feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
Quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
E não se submeta

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Gosto dessa letra de Lenine.
Não só da letra como da musicalidade trazida nela.
Inquietações estão aí pra serem resolvidas, ela diz.
Qual a sua?